Nada a comemorar em tempos sombrios, diz presidente do Sindicato sobre o Dia do Trabalhador


O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Erechim e Gaurama prevê um ano difícil e de retrocesso para ser lembrado neste Dia do Trabalhador, em 1º de maio. “Não temos nada para comemorar. É um momento de tensão e medo dos trabalhadores perderem o emprego”, explica Osmar Padilha, presidente da entidade. Segundo ele, as reformas trabalhista e previdenciária são os exemplos do retrocesso nos direitos dos trabalhadores.

Para Padilha, a data é para lembrar da luta dos trabalhadores para conquistar direitos. “Muita gente perdeu a vida para garantir alguns direitos que nos últimos anos toda a classe trabalhadora perdeu”, lembra. O que vem acontecendo nos últimos anos preocupa a diretoria da entidade.

As atuações do Congresso e do Presidente tem sido para ceifar o mínimo de direitos na opinião de Padillha. “Para piorar uma medida provisória 936 diz que os sindicatos não podem participar nas negociações para garantir o mínimo de direito dos trabalhadores justamente no momento em que vivemos uma crise sanitária devido a pandemia e que a classe precisa de proteção”, comenta.

No cenário atual, com a pandemia da Covid-19, a situação se agravou. “Nada a comemorar em tempos sombrios. O cenário que se desenha é caótico”, afirma. No olho do furacão, os trabalhadores da alimentação e familiares estão correndo risco, pois não podem parar as atividades.

Mesmo assim, a diretoria do SindiAlimentação reforça a importância do Dia do Trabalhador. “É uma data simbólica e que nós queremos dizer a todos o quanto somos importantes para o desenvolvimento da economia de nossos municípios, estado e país. Parabéns a todos e muita força neste momento que iremos superar unidos”, afirma Padilha.