Segunda rodada de negociação é marcada por dificuldades para avançar nas propostas

Foto: Larissa Paludo/Jornal Bom Dia

A direção do Sindicato da Alimentação e (setor patronal) se encontraram na manhã de ontem, quinta -feira, dia 9 de julho, para a segunda reunião de negociação da Convenção Coletiva. O encontro iniciou com certa relutância do patronal em debater a questão do índice de reajuste. Os patrões chegaram a afirmar que alguns associados da entidade patronal não teriam interesse de fazer acordo naquele momento e insistem na retirada dos dias 31 do acordo e o ticket abono do acordo coletivo.

O presidente do SindiAlimentação, Osmar Padilha, contestou a proposta. “Nós insistimos em fazer um acordo. Não é possível que nos peçam para fazer mais sacrifícios do que já fizemos e estamos fazendo neste momento. Estamos fazendo um apelo à sensibilidade do patronal”, reivindicou o presidente do Sindicato.

As propostas colocadas na mesa nesta terça-feira pelo SindiAlimentação é a reposição da inflação da data-base, 01 de junho, que ficou em 2.05% mais ganho real acima da inflação e manutenção de todas as cláusulas econômicas do acordo. “O índice não é o real, o que vemos no mercado, na conta da luz, da água, enfim, no que vemos no nosso dia a dia, mas é o índice oficial”, ressaltou Padilha.

Segundo ele, ao longo do tempo, a reposição da inflação ficou aquém das necessidades dos trabalhadores. “Muito mais agora na pandemia, porém, nossa direção entende o momento, não podemos ir muito além do INPC, mas também não abrimos mão dessa reposição e um arredondamento no ganho real com base em outros acordos fechado pelo sindicato até o presente momento. Estamos pedindo somente o que é possível. Nada além disso”, ressaltou Osmar Padilha.

A proteção dos empregos também foi questão abordada na reunião, assim como a saúde e segurança dos trabalhadores no local de trabalho. “Agora vamos fazer a rodada de carro de som passando nas empresas informando os trabalhadores do andamento da negociação”, disse Padilha.

As empresas abrangidas pela Convenção Coletiva neste acordo são: empresas de balas e chocolates e afins, vinagres óleos, padarias em geral e pequenas empresas do ramo alimentício da base pertencente ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Erechim e Gaurama.


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